CONTO ERÓTICO
Eu, minha chefe e meu marido
por Cláudia Saad
O convite estava feito. Bastava aceitar. Empecilhos, havia vários. Primeiro que sua religião não permitia – e, é claro, havia o inconveniente de ser casada. Por fim, aquela a quem eu propusera ir para cama a três era minha chefe.
A visão de ter aquela mulher de seios fartos e boca carnuda na cama com meu marido não me parecia tão incômoda. Emprego, arranjava-se outro, caso fosse necessário.
Marcamos para o fim do expediente de sexta-feira. Cansada, levei-a para casa e ofereci uma cerveja para relaxar. Como uma era pouco, chegamos à quinta. Ficamos mais soltas e nos esparramamos sobre o sofá, sem blusa, papeando e flertando, enquanto Roger não chegava.
Eram 20h30, e ele chegou. Apesar de bêbada, eu ainda não sabia bem como proceder. Afinal, eram meu marido e minha chefe juntos na mesma sala – cientes de que iríamos transar e sem a menor noção de como começar.
Lancei logo um Marvin Gay – Let’s Getting On – e foi só o tempo de colocar o CD, olhar para trás e ver a cena daquela putinha descarada esfregando as tetas na cara do Roger.
Percebi-me encarando com gosto. Como rebolava em cima dele aquela vadiazinha gostosa! Ele passava a mão nela toda como se fizesse anos que não pegasse uma mulher.
Era bom olhar e me ver fora daquilo, como um pornozinho softque você coloca na sexta à noite só para relaxar, enquanto o sono não vem. Engraçado que o álcool e um certo torpor me anestesiavam cada vez mais, e, para mim, tudo realmente não passava de uma cena.
Encostada no outro sofá, fui baixando minha calcinha e me tocando – meu grelo, meus bicos – e como eu gemia baixinho cada vez que ele enfiava o pau nela! Só eu até então sabia como era gostoso aquele pau entrando devagarinho em mim.
Adormeci em seguida. Não me lembro ao certo. Ainda era noite – o relógio marcava 3 horas. Quando abri os olhos, senti os lábios dela tocando os meus e o corpo em cima de mim, ainda nu. Fui aplacando meu medo e me libertando de qualquer sentimento de condenação.
No fim, tudo que eu queria era só sentir a língua dela na minha boca e os pêlos loiros roçando nos meus – e queria ouvir meu marido gemendo baixinho, gozando pra mim, enquanto eu pegava a biscatinha tão bem ou melhor que ele...