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Hoje é o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
Participação, preconceito, machismo, saúde, vida em conjunto – data abrange vários temas
por Caio Delcolli
Casal de mulheres se beija na 11ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de São Paulo, em 01/06/2013 (Foto: Fernando Donasci/UOL)
Hoje, 29 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Criada em 29/08/1996 no 1º Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), a data tem o objetivo de trazer à luz a participação das lésbicas em nossa sociedade e de combater o preconceito, a violência e o pensamento machista, entre outras realidades enfrentadas diariamente pelas lésbicas.
A questão da saúde também tem sua relevância nos temas que o dia abrange. Obesidade, HPV (sexualmente transmissível) e o câncer de mama são algumas das que atingem um grande número de mulheres homossexuais. Vale dizer que apenas 2% das lésbicas se protegem durante as relações sexuais, segundo uma pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde em São Paulo.
(Clique aqui para ler um texto sobre DSTs no blog Parada Lésbica.)
(Clique aqui para ler um texto no Brasil Medicina a respeito de DSTs e sexo lésbico.)
Já sobre a violência – psicológica, física e discriminação –, o dado é alarmante: dos LGBTs vítimas de violência no Brasil em 2012, uma fatia de 37,59% é formada por lésbicas, segundo um relatório nacional sobre violência homofóbica produzido pela Secretaria de Direitos Humanos da República, órgão do Governo Federal.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta em pesquisa que dos 60 mil casais homoafetivos que vivem no Brasil, 53% são mulheres que declaram viver uma união consensual com outra mulher – e quase a totalidade dos casais consultados não têm a união formalizada.
Desde o último sábado (24/08), dois mil ônibus da frota de coletivos da cidade de São Paulo estão exibindo um vídeo institucional para lembrar o Dia da Visibilidade Lésbica. O vídeo será exibido até amanhã, sexta-feira (30/08).
O vídeo tem 30 segundos e mostra várias mulheres com cartazes onde se pode ler: “Sou mulher. Sou lésbica. Sou bissexual. Sou cidadã. Sou filha. Sou mãe. Trabalho. Estudo. Tenho direitos e quero respeito”. Julian Rodrigues, da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, diz: “Na São Paulo que a gente quer, não cabe o preconceito”.
(Clique aqui para ler no Sul21 um artigo a respeito do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, Ariane Leitão, secretária Estadual de Políticas para as Mulheres, no RS.)
Imagem em destaque: Reprodução Parou Tudo