PERFIS
Sovereign Syre, rainha lesbo
por Valter José

Vivemos hoje o que se pode chamar de triunfo do gênero pornô lésbico. Nas décadas passadas, já existiam filmes lesbos, como a série Sorority Pink, de Jim Holliday, da falecida produtora VCA. No entanto, eles serviam apenas para cobrir lacunas de mercado e eram dirigidos por homens. Hoje é diferente: o lesbo é um gênero independente. O sucesso de produtoras como Girlfriends Films e Filly Films mostra que vivemos uma nova época. Hoje, o lesbo é um gênero mais artístico, mais político e mais inteligente.
Pornô lesbo
Lindas mulheres, como Jincey Lumpkin e India Summer, fazem sucesso também entre os homens, por serem mulheres de muita atitude. Hoje, Lily Cade e Madison Young juntam charme, talento artístico, ousadia e capacidade técnica.
A lindíssima Sovereign Syre faz parte dessa turma. Ela é uma mistura de Jincey Lumpkin com Madison Young. Tem das duas a beleza quase inacreditável, a inteligência e o senso estético, a consciência social e política, e uma capacidade física para todos os tipos de fetiches. Sem contar a cultura geral difícil de se encontrar – e uma lucidez e maturidade só vista em gente como Nina Hartley e Belladonna.
Passos de estrela
Sovereign tem 28 anos, nasceu em Los Angeles e, segundo ela mesma, em um quarteirão com uma grande comunidade de integrantes da indústria pornô. Assim, não foi nada demais iniciar em 2009 uma carreira de modelo de fetiche no site Gods Girl (www.godsgirl.com), especializado em alt-porn, o pornô alternativo.
Logo depois, ela se mudou para Nova York e tornou-se uma das mais requisitada nessa especialidade: tanto que adotou o apelido de "The Face" ("o rosto", traduzindo), graças à popularidade com os fotógrafos.
Mais tarde, ela foi descoberta pela diretora Nica Noelle, que a convenceu a protagonizar um filme pornô lésbico em julho de 2011: My Sister Celine. Sucesso! Sovereign foi indicada para vários prêmios e começou também a ser muito requisitada por produtoras de sexo explícito: Penthouse, Wicked Pictures, Girlfriends Films, Evil Angel, Combat Zone, Zero Tolerance. Dana Vespoli, Bobbi Starr, Belladonna e Jincey Lumpkin foram diretoras que a assediaram.
Sovereign é lésbica assumida e militante, além de ter abraçado a carreira de diretora, graças a um convite da Filly Films. Lesbian Surrender, seu primeiro trabalho no cargo, tem fetiche, uso de acessórios e um pouco de sadomasoquismo. O interessante é que as atrizes se apresentam sem maquiagem, de maneira muito simples e natural. Sovereign quer fazer história!
Imagens: Holly Randal/Darling House/Peeperz